P3 [Público]: "Violência no namoro: são poucos os jovens que apresentam queixa"

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Estudo mostra que os jovens estão mais sensibilizados para a violência no namoro, mas ainda apenas nove por cento das vítimas apresentam queixa às autoridades.

"Os jovens estão mais sensibilizados para a violência no namoro, mas ainda são poucos os que procuram ajuda e apenas nove por cento das vítimas apresentam queixa às autoridades, disse à Lusa a investigadora Sónia Caridade.

“Constituindo a violência no namoro uma experiência pessoal caracterizada por sentimentos de vergonha, embaraço, a grande maioria dos jovens não procura ajuda”, adiantou a autora de um estudo sobre este tema.

O medo de serem culpabilizados, de que o segredo não seja preservado, que os adultos os pressionem para terminar a relação, acharem que não vão ser ajudados, temerem punições parentais (muitas relações são proibidas pelos pais), faz com que os jovens não contem o que estão a passar.

Amigos são os principais confidentes

Os seus “principais confidentes” costumam ser os amigos, mas, na grande maioria, “não reúnem condições” para dar o “devido apoio”, ou porque também estão envolvidos em relações abusivas ou porque “legitimam um conjunto de crenças perpetuadoras do fenómeno”, explicou a investigadora da Universidade do Minho, que falava à Lusa a propósito do Dia dos Namorados.

Para despertar os jovens para esta problemática, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) tem realizado campanhas que alertam para a importância de valorizar todos os atos de violência, comportamentos puníveis criminalmente.

“É fundamental investir na aproximação a estes jovens para os sensibilizar e promover neles uma postura de maior pró-acção quando estas situações lhe chegam”, disse Manuela Santos, da APAV.

A decisão de um jovem apresentar queixa ou expor esta experiência a um agente de autoridade “não é fácil de tomar”, preferindo dirigir-se a uma instituição de apoio. “A APAV recebe alguns pedidos de ajuda de jovens que partilham connosco as suas experiências de vitimação e nos pedem apoio e encaminhamento sobre o que podem fazer do ponto de vista legal”, contou Manuela Santos, adiantando que essas solicitações têm vindo a crescer.

Para a investigadora Susana Lucas, do Instituto Piaget, as campanhas de prevenção têm contribuído para “mudar o paradigma” da violência no namoro ser “uma coisa encoberta e mostrar às pessoas que não estão sozinhas”. “Felizmente já começa a existir alguma procura [por parte dos jovens] das autoridades e das associações de apoio à vítima que depois os encaminha para os trâmites legais”, disse Susana Lucas, adiantando que os maus-tratos começam por volta dos 13 anos.

O estudo nacional sobre a prevalência da violência do namoro envolveu 4.667 jovens com idades entre os 13 e os 29 anos, dos quais 25,4% relataram ter sido vítimas de, pelo menos, um acto abusivo no último ano e 30,6% admitiu ter sido agressor. Em termos de vitimação, os comportamentos emocionalmente abusivos lideram (19,5%), seguindo-se os fisicamente abusivos (13.4%) e a violência física severa (7,6%).

A legitimação da violência surge “mais elevada” entre os participantes mais novos, com menor formação e rapazes, que são educados para “serem mais fortes, emocionalmente pouco expressivos, competitivos e dominadores face às suas parceiras”. Uma “cultura de prevenção”, que envolva a promoção de relacionamentos saudáveis, a consciencialização dos jovens e modificação de comportamentos violentos é, para Sónia Caridade, a melhor forma de combater este fenómeno. Para isso, defendeu, terá de haver uma “articulação concertada” entre os jovens, entidades e agentes educativos (pais, professores, funcionários), os pares e a comunidade.

Fonte: P3 [Público]

19.NOV | Dia Mundial para a Prevenção do Abuso contra as Crianças e Jovens

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Assinalou-se no passado dia 19 de Novembro o Dia Mundial para a Prevenção do Abuso contra as Crianças e Jovens.

A Declaração dos Direitos da Criança foi aprovada a 20 de novembro de 1959 pela Organização das Nações Unidas (ONU), bem como no dia 20 de novembro de 1989, aprovou a Convenção dos Direitos da Criança, documento onde estão expressos os direitos fundamentais das crianças (direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais), e, todas as disposições para que esses direitos sejam aplicados; sendo que Portugal ratificou a Convenção dos Direitos da Criança em 1990.

Assim, a APAV alerta para a importância da promoção e respeito pelos direitos das Crianças, relembrando a campanha contra violência nas crianças e jovens, "Corta com a Violência", que reflete precisamente que o combate à violência contra as crianças e jovens não é uma tarefa de um dia nem de algumas pessoas, mas de todos os dias e de todas as pessoas.

APAV lança campanha “A tua segurança não é um jogo. Fica Ligado.

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Entre 2000 e 2011 a APAV registou 7.387 processos de apoio a crianças e jovens vítimas de crime e de violência, que se traduziram na identificação de 11.261 crimes praticados contra menores. Entre estes, os crimes contra o património surgem em terceiro lugar, com uma prevalência relativamente baixa comparativamente aos crimes contra as pessoas. Este facto é indicativo dos baixos níveis de denúncia e de procura de ajuda por parte dos mais jovens perante crimes desta natureza.

Estes dados motivaram a APAV a investir na produção e na disseminação de recursos informativos dirigidos às faixas etárias mais jovens, disponibilizando, de uma forma simples, atrativa e ajustada, informação sobre violência, sobre a importância de procurar ajuda e apoio e de adotar estratégias de segurança e proteção.

A APAV apostou, por isso, no desenvolvimento de uma agenda escolar, do website www.apavparajovens.pt, desenvolvido pela Ideias com Pernas, e de uma campanha de informação e sensibilização. Esta campanha, realizada com o apoio mecenático da Cupido, conta com a participação dos jovens atores Mikaela Lupu e Ricardo Sá e procura transmitir aos mais jovens uma mensagem-chave: “A tua segurança não é um jogo. Fica ligado”. Chama-se, desta forma, a atenção para os perigos que a rua pode trazer e, no sentido de os evitar, incentiva-se a adoção de comportamentos preventivos, de maior segurança e proteção.

A disseminação destes produtos será realizada a partir de Dezembro de 2012, junto dos estabelecimentos do 2º, 3º ciclo e secundário do ensino público e privado, através do Facebook, com o apoio de parceiros institucionais e dos Órgãos de Comunicação Social. A disseminação estender-se-á também à Escócia e à Suécia, através dos nossos parceiros institucionais nesses países.

Esta iniciativa enquadra-se no âmbito do Projeto LEAD - inform to prevent, promovido pela APAV e co-financiado pela Direcção-Geral da Justiça da Comissão Europeia, ao abrigo do programa DAPHNE III, envolvendo parceiros nacionais, a Fundação da Juventude e o ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, bem como internacionais, nomeadamente, o Victim Support Scotland (da Escócia) e a Crime Victim Compensation and Support Authority (da Suécia).

Spots TV:

Site: www.apavparajovens.pt

Projeto Coimbra Sem Violência: "Violência Entre Parceiros Íntimos" | 8 Novembro

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No próximo dia 8 de Novembro o Grupo Violência: Informação, Investigação e Intervenção realizará a 3ª Sessão informativa, sobre o tema “Violência Entre Parceiros Íntimos”, inserido no Projeto Coimbra Sem Violência. Esta Sessão terá lugar na Unidade de Violência Familiar do Serviço de Psiquiatria do CHUC, Pavilhão 4 – Hospital Sobral Cid e irá decorrer entre as 16h e as 19h.

Esta Sessão irá centrar-se na análise e debate da Violência Sexual entre parceiros íntimos, na Prevenção da Violência Sexual no Ensino Superior e ainda no papel que os advogados devem assumir na sinalização e prevenção do risco e do perigo. Será ainda apresentado um estudo exploratório sobre a violência conjugal lésbica em Portugal.

Nesta iniciativa, que contará com a participação de representantes de diversas instituições, a APAV estará representada através de Natália Cardoso, Gestora do Gabinete de Apoio à Vítima de Coimbra.

As inscrições são gratuitas, limitadas ao número de lugares disponíveis.

Inscrições: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.‐saude.pt | 239 796400

Seminário "Por Outras Palavras Nos Media" | 14 Janeiro | Coimbra

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O Seminário "Por Outras Palavras Nos Media - Contributos para combater a discriminação e os estereótipos" irá decorrer no próximo dia 14 de Janeiro de 2013, na sala Keynes da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

Este evento é organizado pelo IEBA Centro de Iniciativas Empresariais e Sociais, em parceria com as entidades que integram a Unidade Local de Análise de Imprensa: APAV - Gabinete de Apoio à Vítima de Coimbra, APPACDM Coimbra, GRAAL, Não Te Prives, SOS Racismo e UMAR, no âmbito do projecto In Other Words.

Este projecto tem como principal objectivo combater a discriminação e os estereótipos nos media em 7 países Europeus. Em Portugal foram monitorizados 10 jornais de referência nacionais e regionais, durante todo o ano de 2012. Foram identificadas e selecionadas as notícias mais problemáticas e, posteriormente, no seio da Unidade Local de Análise de Imprensa, essas notícias foram debatidas e analisadas. As análises produzidas foram publicadas mensalmente nos boletins informativos "Por Outras Palavras", que estão acessíveis em: http://issuu.com/ieba e na página no Facebook.

Este seminário tem por objectivo principal apresentar e debater os resultados do trabalho realizado, quer a nível nacional, quer a nível europeu. Visa, ainda, alargar e enriquecer este debate, congregando um conjunto de especialistas e entidades que possam dar o seu contributo, através da produção e apresentação de conhecimento específico sobre a temática.

A participação no Seminário é gratuita, mas a inscrição é obrigatória, devendo os interessados enviar um email para o IEBA Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. - com a seguinte informação: assunto "Seminário Por Outras Palavras Nos Media", nome completo, data de nascimento, escolaridade/curso, profissão/cargo, entidade/empresa e telefone.