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No Irrevogável, podcast de entrevistas da revista VISÃO, Daniel Cotrim, responsável pelas áreas da violência doméstica e de género e da igualdade da Associação Portuguesa de Apoio à Vitima (APAV), destaca que “parece que todos os anos, por esta altura, nos lembramos de tentar discutir e pensar sobre estes temas”, lamentando, porém, o que considera ser a falta de consequências e soluções em momentos anteriores – recordando, por exemplo, o escândalo que, há um ano, abalou a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL).

Sem se fixar num caso concreto, Cotrim admite que os pedidos de ajuda de vítimas de violência sexual e moral, que chegam à APAV, “são muito residuais, não atingindo o 1%” das queixas que associação regista. Ainda assim, o especialista acredita que “este número é apenas a ponta do icebergue (…) e não representa a realidade do fenómeno”, que, acredita, “é muito maior e está muito mais disseminado” no país.
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Assista à conversa completa aqui:

Na sequência da parceria que a APAV tem vindo a desenvolver com o Sheraton Lisboa Hotel & Spa, e no âmbito da sua política de responsabilidade social, o hotel acolheu o 49.º Conselho Consultivo de Gestores/as da APAV, que teve lugar nos dias 11 e 12 de abril, em Lisboa.

Estes eventos promovidos pela APAV são realizados semestralmente e têm como objetivo promover a atualização de conhecimentos, procedimentos e a formação dos/as colaboradores/as dos 75 serviços de proximidade da associação, bem como promover momentos de team building e descompressão do exigente trabalho que diariamente desempenham.

Muito obrigada, Sheraton!

Na sequência do projeto de consultoria desenvolvido pela FEP Junior Consulting (FJC) com enfoque na análise do trabalho que a APAV realiza no âmbito da Prevenção, foi assinado um Protocolo de Cooperação que abre caminho a uma relação mais próxima entre as partes.

O presente protocolo tem como objetivo a colaboração entre a FJC e a APAV, no âmbito das respetivas atividades, no sentido de promover a ligação entre o meio académico e Corporate Responsability & Sustainability (CRS).

A APAV agradece a disponibilidade e abertura por parte da FJC e está entusiasmada e empenhada no trabalho de cooperação que será promovido.

O projeto Portugal Mais Velho – Formar quem Cuida, Sensibilizar quem Decide, uma iniciativa follow-up do projeto Portugal Mais Velho (janeiro 2019 – outubro 2020), implementado pela APAV e a Fundação Calouste Gulbenkian, está a decorrer desde fevereiro de 2022.

Este projeto desenvolve-se sobre dois eixos fundamentais:

• eixo 1, dedicado à formação de cuidadores/as profissionais de pessoas idosas;
• eixo 2, que diz respeito à advocacia social junto de decisores políticos.

No seu primeiro eixo, após a criação dos conteúdos do Curso “Violência contra pessoas idosas e a prestação de cuidados”, iniciaram-se as atividades formativas, que consistem na implementação de ações de formação, com a duração de 12 horas, destinadas a cuidadores/as profissionais de pessoas idosas. Neste âmbito, até ao final de março de 2023, foram implementadas 25 ações de formação, em 22 municípios distintos e duas delas em formato online. Participaram nestas ações de formação um total de 345 formandos/as, de 137 entidades beneficiárias distintas. Estas ações de formação têm por objetivo contribuir para que os/as formandos/as possam melhor conhecer e sinalizar os fatores de risco da violência contra pessoas idosas no exercício das suas funções como cuidadores/as.

Para a implementação destas ações de formação, a equipa do projeto conta com o apoio do Centro de Formação APAV e de entidades locais parceiras, como os Gabinetes de Apoio à Vítima da APAV, as Câmaras Municipais, os Centros Distritais da Segurança Social, entre outras.

Está, igualmente, a ser implementada, junto dos/as formandos/as, uma avaliação de impacto das ações de formação, por forma a permitir a melhor compreensão dos seus resultados junto dos/as formandos/as e das instituições que integram.

No âmbito do eixo 2 deste projeto, tiveram já lugar 13 sessões de advocacia social presenciais, com diferentes entidades públicas e governativas por forma a divulgar, junto dos/as seus/suas representantes, as recomendações elencadas no Relatório Portugal Mais Velho e a sensibilizá-los/as para a necessidade de criar políticas públicas coordenadas na área do envelhecimento e da prevenção da violência contra pessoas idosas.

Ainda neste eixo, foi produzida uma brochura informativa destinada a sensibilizar, em específico, o poder local para as ações que os Municípios poderão levar a cabo na melhoria da prevenção e intervenção na violência contra pessoas idosas. Esta brochura foi enviada para os 308 Municípios, as 21 Comunidades Intermunicipais, as Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, a Associação Nacional de Municípios e as Associação de Municípios das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.

Para além destas atividades, a equipa do projeto participou em 13 diferentes iniciativas, como conferências, mesas redondas, ações de sensibilização, e outros.

A equipa do projeto continuará a desenvolver atividades nestes dois eixos, esperando assim contribuir para uma maior sensibilização para a temática.