Conferência de encerramento do Projeto "O Papel dos Homens na Igualdade de Género" | 14 Outubro

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No próximo dia 14 de outubro de 2016 realiza-se a Conferência de encerramento do Projeto «O Papel dos Homens na Igualdade de Género». A conferência terá lugar no Auditório do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS/UL).

O projeto, iniciativa da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) e do ICS/UL, visa promover o conhecimento e sensibilizar sobre os papéis dos homens e igualdade de género em Portugal, num contexto de mudança de práticas e políticas, densificando a discussão pública e reorientando as perspetivas da ação futura. O projeto foi financiado pelo PT07 – Integração da Igualdade de Género e Promoção do Equilíbrio entre o Trabalho e a Vida Privada, no quadro do EEA Grants – Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europe.

A APAV irá marcar presença na conferência, representada por Daniel Cotrim, comentador do painel "Os papéis dos homens na saúde e na violência - resultados e recomendações".

Programa [PDF]

Dia Internacional da Pessoa Idosa | 1 Outubro

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A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima assinala o Dia Internacional da Pessoa Idosa, celebrado a 1 de Outubro, instituído em 1991 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com a finalidade de sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e para a necessidade de proteger e cuidar a população idosa.

Ao longo destes 26 anos, a APAV tem vindo a alertar a sociedade portuguesa para a realidade ainda obscura da violência praticada contra as pessoas idosas. Segundo dados do Eurostat, Portugal será um dos Estados-Membros da União Europeia com maior percentagem de pessoas idosas e menor percentagem de população ativa em 2050. O Instituto Nacional de Estatística prevê igualmente que, no ano de 2050, um terço da população portuguesa seja idosa e quase um milhão de pessoas tenha mais de 80 anos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) receia que este aumento, associado a uma certa quebra de laços entre as gerações e ao enfraquecimento dos sistemas de proteção social, venha a agravar as situações de violência.

A APAV apoia as pessoas idosas e as suas famílias, prestando-lhes apoio jurídico, psicológico e social; e conta com a colaboração de outras instituições, públicas e privadas; e com os vizinhos e conhecidos das vítimas, cujo papel pode ser muito importante, sobretudo na denúncia das situações de violência.

De 2013 a 2015 houve um aumento de 18,1% do total de pessoas idosas vítimas de crime apoiadas pela APAV. Mas este aumento de casos registados, assim como os registados pelas estatísticas oficiais da Justiça, mesmo sendo significativo, não reflete a realidade – apenas apresentará a ponta do iceberg.

Estes crimes não podem ser remetidos ao silêncio.

A APAV está disponível para ajudar através dos diferentes serviços, nomeadamente da Linha de Apoio à Vítima 116 006 - dias úteis, das 09h00 às 19h00 - número gratuito e confidencial.


Estatísticas APAV: Pessoas Idosas Vítimas de Crime e de Violência | 2013-2015 (PDF)

Seminário (In)Tolerância e Discriminação: Cidades justas e seguras para tod@s | 10 Outubro | Lisboa

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Numa Europa sem fronteiras, em que a multiculturalidade das cidades e sociedades é uma realidade, revela-se prioritário prevenir, sensibilizar e combater todas e quaisquer formas de discriminação e de intolerância em função da deficiência, da orientação sexual, da etnia, da religião, da identidade de género, ou qualquer outro fator.

Quais são as melhores práticas em curso para a prevenção e combate à violência motivada pelo racismo e todas as formas de intolerância?

Que papel podem desempenhar as autoridades locais?

Quais os direitos e serviços de apoio disponíveis para aqueles/as que foram vítimas de violência motivada pelo racismo ou pelo discurso de ódio?

Para responder a estas e muitas outras questões pertinentes sobre boas práticas, estratégias ou mesmo políticas a adotar no combate e apoio a todas e quaisquer formas de violência motivadas pelo racismo ou outras formas de intolerância, a APAV organiza, no próximo dia 10 de Outubro, no Auditório do Centro de Informação Urbana de Lisboa, o Seminário (In)Tolerância e Discriminação: cidades justas e seguras para tod@s.

Esta iniciativa surge no âmbito da parceria com o European Forum for Urban Security (EFUS) para o desenvolvimento do Projeto “Just and Safe Cities for All: local actions to prevent and combat racism and all forms of intolerance”, que tem como objetivo sensibilizar e informar as comunidades locais sobre o problema da violência motivada pelo racismo e todas as formas de intolerância através de representantes eleitos a nível local e os papéis que desempenham; promover cidades tolerantes e combater o racismo - “Uma cidade justa é uma cidade segura”.

Inscrições, programa e informações:
www.apav.pt/seminariointolerancia

APAV e PGR celebraram Protocolo de Colaboração

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A Associação Portuguesa de Apoio a Vítima e a Procuradoria-Geral da República (PGR) celebraram um Protocolo de Colaboração. A cerimónia de assinatura do protocolo teve lugar no dia 22 de Setembro às 15h30, na Procuradoria-Geral da República, em Lisboa.

A cerimónia contou com a presença da Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, e do Presidente da APAV, João Lázaro. O Protocolo de Colaboração tem por objectivo enquadrar e aprofundar a cooperação institucional entre a APAV e a PGR no âmbito dos direitos, proteção e apoio às vítimas de crime.

Público: "Como enfrentar a violência doméstica?"

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"A violência doméstica abrange qualquer comportamento agressivo intencional praticado por uma das partes numa relação íntima, contra a outra parte. Independentemente do tipo de ofensa, física ou emocional, ou da dimensão da violência doméstica, há sempre um denominador comum – a determinação de uma pessoa exercer, e manter, poder e controlo sobre outra.

A violência doméstica é transversal a todo o tipo de comunidades e é um fenómeno desprezível que é cego em relação ao nível económico, à raça, à religião, à nacionalidade, à orientação sexual e à idade. Contudo, o facto é que continua a haver uma maior probabilidade das vítimas de violência doméstica serem mulheres – tanto nos EUA como em Portugal, 85% das vítimas de violência doméstica são mulheres.

ara muitas vítimas, a questão de se manterem em relações abusivas reduz-se a escolhas horríveis entre males menores – a capacidade financeira de se sustentarem, a si mesmas e aos seus filhos, ou libertarem-se da violência. Quando confrontadas com estas alternativas, muitas escolhem ficar, sabendo que isso significa a continuação do abuso. É claro que há outros aspectos a considerar que pesam nesta decisão – o risco do aumento da violência pela tentativa de escapar, o medo de abandonar a vida tal como a conhecem, o risco de perder o emprego, entre outros. Mas um dos principais obstáculos para muitas vítimas é o facto de serem financeiramente dependentes dos seus parceiros, estando extremamente receosas de não se conseguirem sustentar, a si e aos seus filhos, se abandonarem a relação.

É também necessário que percebamos o papel da sociedade na perpetuação de uma cultura que inibe a independência financeira das mulheres e permite que um género exerça poder e controlo sobre outro. Quando falamos de liberdade financeira e dos papéis socioeconómicos, em tantas sociedades pelo mundo fora, a questão do género continua a fazer diferença. As disparidades salariais entre homens e mulheres continuam a ser substanciais, há significativamente menos mulheres em posições executivas ou em conselhos de administração, e apenas uma mão-cheia de mulheres com cargos de liderança a nível mundial. Entretanto, as mulheres continuam a suportar um peso significativamente maior no que respeita a responsabilidades familiares.

A violência doméstica é um crime em muitos países, incluindo Portugal, mas muitas vezes as vítimas não têm consciência deste facto, nem dos seus direitos, nem tão pouco dos recursos disponíveis para se protegerem, a si e a outros, de crimes de violência. Instituições como a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) podem dar apoio emocional, prático, legal, social e psicológico às vítimas de crimes e violência, bem como às suas famílias e amigos. Todos podemos ajudar referindo as vítimas àqueles que podem prestar assistência profissional.

Para as vítimas pode ser difícil escaparem de relações abusivas e quebrarem os ciclos de violência por muitas razões, mas todos podemos fazer a nossa parte no que toca a dar ferramentas, competências e oportunidades de networking para que as mulheres possam ser mais bem-sucedidas financeiramente, e trabalhar em prol de uma sociedade que oferece às mulheres mais oportunidades para a igualdade financeira. É por esta razão que tanto nos Estados Unidos, como durante a minha estadia em Portugal, tenho trabalhado para promover a auto-suficiência económica das mulheres. Em Portugal, o Connect to Success é a iniciativa da Embaixada que apoia o empreendedorismo feminino, dando as competências necessárias às empreendedoras para que possam fazer crescer os seus negócios. Além disso, promover uma maior sensibilização da população em geral e partilhar informação sobre serviços de apoio às vítimas como a APAV, tal como a Embaixada tem feito, também pode ajudar. Espero que o nosso esforço contribua para promover as condições que fazem com que abandonar uma relação abusiva seja possível para mais vítimas."

Kim Sawyer | Embaixatriz dos EUA em Portugal

Fonte: publico.pt